Zona de conforto
- Kelly Damasceno
- 3 de set. de 2018
- 2 min de leitura

Muitas vezes estar na nossa zona de conforto significa segurança, paz, sossego, harmonia e muitas outras coisas boas que podem acontecer na nossa vida. Mas será que o seu “quarto seguro” foi construído por você ou cada pedacinho de concreto que forma essa espécie de parede da sua segurança foi imposta pelo olhar de terceiros?
Aprender a estar sozinho e ser feliz nessa condição é ótimo para nossa saúde mental, física e espiritual, desde que essa opção não seja imposta pelo medo. O medo da mesma forma que é um capacitante - a pessoa em situação de risco se torna capaz do impossível - também pode surtir o efeito contrário e atrapalhar o seu desenvolvimento.
Digo aqui “desenvolvimento” não numa atitude de estar ligado ao bens materiais como é comumente associado por aí, mas no sentido de seu desenvolvimento pessoal - que ao meu entender, é a sua capacidade como ser humano de se tornar uma pessoa que aproveita seus recursos, respeita seus limites e está em harmonia com seu próprio corpo, sua mente e o meio em que vive.
Um desses fatores estando em desequilíbrio, pode desencadear o desequilíbrio de todo o resto. Geralmente, o fator social tem um peso enorme nas nossas escolhas.
Um dos nossos maiores problemas enquanto sociedade é saber respeitar e entender o lugar do próximo. O exercício da empatia é importantíssimo para o nosso crescimento enquanto cidadãos mais conscientes. Dessa forma, para que exercer o desrespeito, limitando o outro a ser da maneira que você acha que seja “o certo”? É como diz Caetano na música “Dom de Iludir”: “Cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é”.
A vida já nos coloca desafios o suficientes. Não é sobre sucesso, é sobre se respeitar, se conhecer, saber seus próprios limites e acima de tudo sobre a jornada, a vivência e a convivência. É sobre olhar menos para o próximo e sim na mesma direção que ele. Olhar o que o próximo deseja e respeitar isso, pois geralmente, respeitamos os outros na mesma medida que respeitamos a nós mesmos.
O medo sempre foi dispositivo necessário para a sobrevivência do ser humano desde a pré-história. Sentir medo é comum a qualquer espécie do reino animal, contudo, o medo em desequilíbrio pode nos deixar na inércia, escondidos de nós mesmos, reprimindo nossos desejos e vontades, gerando frustração e angústia. Se não é isso que você deseja para si mesmo, é isso que você deseja para o próximo? Não fomente o medo, fomente a realização pessoal.
Beijoooos!!!
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